sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Ode ao amor (dislate)

Eu aventuro-me entre palavras e desastres com as palavras.
Derrames, pois elas cortam como facas e cavalgam bravas e distrõem e palavra... eu não digo mais nenhuma palavra.
Não digo forma, não digo ser, não digo cor, não digo ver,
não digo que o mais negro em mim é a minha cor de pele,é o meu interior que me repele.
É disfuncional este hábito, eu vou abandonar o local onde habito, pois o amor é um local estranho e enquanto espero pela pessoa que aí vem, penso: "quem sou eu para amar alguém?
Se todos amamos alguém,
Será que somos todos amados por alguém?"
É incrível como a dor nos centra em nós mesmos,
egocentro da soidão, sós no meio da confusão,
quem sois vós pra negar o meu lamento?! não esqueçais, este inverno é meu!
E mesmo que um dia sol brilhe e aqueça o chão é tão efémera a satisfação da glória, pois "não há lugar mais vazio que o da vitória."
Destino, arte que me faz dizer tamanho dislate:
"As vezes quero dormir e só acordar morto
não que eu ache que não volte a ser feliz,
mas não mais me importo."

domingo, 6 de dezembro de 2009

"Eu clamo, respondes,

E tu vens resgatar-me e eu

Quero estar onde estas!"

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

eu quero fazer parte

eu quero fazer parte do aparte da cultura que diz que faz arte
e em parte essa arte não perdura, porque é soft não é dura e os poucos que na realidade fazem arte não se conformam porque na verdade a arte dura e não cai no esquecimento e fura todos os moldes do tempo a arte é tipo ditadura dizem que é uma tipa dura e os que a dominam sao os conseguem a formatura, hoje em dia já é possível viver do que se ama, mas tem cuidado a grana engana, funciona tipo emancipação sexual, porque a igualdade de direitos trouxe libertação sexual, porque fidelidade já não é seguro, porque nem mesmo a seguradora segura a dor a montes de um coração partido, porque o chato do amor é que ele não acaba ao mesmo tempo e enquanto eu ainda lá estava já tu tinhas partido, por isso agora o meu amor é independente eu não escolho partido, porque quem parte foge e quem fica fica esquecido.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

É tão maçador essa dor

É maçador essa dor que quase que doi no corpo,
a dor da alma, e se respiro essa dor não acalma.
é maçador não saber onde doi, se um presente ausente
se um passado que nunca se foi.

é maçador essa dor de não estar onde se pertence
mas doi mais não saber onde se pertence
é maçador essa dor, doi ter tanta fome
e isso me consome é um bicho que me come

e eu vim a sentir que nenhum homem só pode ser livre,
sim é verdade, o homem é pó e é tão maçador essa dor que dá dó